
Na sequência, encerramos a aula.
Blog acadêmico da disciplina Técnicas de Reportagem, Entrevista e Pesquisa do curso de Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo - da Universidade de Uberaba.




Segundo Maria Helena Ferrari e Muniz Sodré (foto) em Técnica de reportagem: notas sobre a narrativa jornalística, “a reportagem é o lugar por excelência da narração jornalística”. Mas o que é reportagem? Fundamentada, sobretudo, na predominância da forma narrativa, a reportagem possui outros elementos relevantes.
Importante ressaltar: o narrador, na Reportagem Narrativa, é o JORNALISTA, não, a fonte. Quem narra os fatos é o repórter e, na Reportagem Narrativa, o repórter pode estar “presente” na matéria de três formas.
Nas últimas aulas da disciplina vimos como a pesquisa é algo fundamental dentro do jornalismo. Uma boa produção requer muita investigação e interpretação. Só que para encontrarmos o ponto ideal delas, temos muitas dificuldades que vão desde a consulta de documentos até a interpretação de tabelas numéricas. Mas, com barreiras ou não, a pesquisa é a base do melhor jornalismo.
Como já informamos, a disciplina 'Técnicas de Reportagem, Entrevista e Pesquisa' está em fase de desenvolvimento do Guia de Fontes dos professores da Uniube. A nova ferramenta deverá ser lançada ao público na semana da Com5 que começa nesta segunda-feira. O guia trará informações gerais dos professores, que irão desde o seu nome até opções de consultorias e especialidades que pode oferecer.Essa mensagem só interessa a quem assistiu o Profissão Repóter de ontem, dia 22/09. Mas, para que não assistiu, segue o link dela no youtube:
http://www.youtube.com/results?search_query=profiss%C3%A3o+reporter+22%2F09&search_type=
1h21 da madrugada e, até agora, o programa intitulado "Violência entre casais" recebeu nada menos que 65 comentários, muitos criticando seriamente a condução da pauta.
Eis o comentário de número 61 postado pela professora Cintia.
Bom dia, ótima equipe do Profissão Repórter. Sou jornalista e professora universitária e, embora Telejornalismo não seja minha área, gostaria de fazer algumas considerações. O programa desta terça-feira estava meio desconexo, para não dizer, superficial. Jamais critiquei, para os meus alunos, as excelentes pautas de ótimas reportagens feitas pelo Profissão Repórter, mas hoje vai ser diferente. Não houve - no meu entendimento - unidade no programa. Para mim, o gancho não ficou claro, as histórias estavam fragmentadas demais e o objetivo do programa (seja qual for) não foi atingido. Tinha extrema expectativa sobre a abordagem desse tema, pois minha mãe e eu fomos vítimas de um marido e pai violento durante ANOS a fio. Essa violência deixou sequelas terríveis em nossa família e o agressor, meu pai, jamais foi punido, até porque, na época, a Lei Maria da Penha nem existia, assim como não existiam as chamadas "Delegacias de Defesa da Mulher".Assistimos (eu, minha mãe e minha filha, de 14 anos) juntas ao programa e, quando terminou, nos entreolhamos e perguntamos: "E aí?". Não posso esconder minha decepção com a cobertura de um tema tão atual e importante e, por isso, escrevo esse comentário pedindo um esclarecimento didático para mim e meus alunos. Realmente - se fosse possível - gostaria que a equipe esclarecesse melhor a construção da pauta do programa para que nós, jornalistas ou meros espectadores, pudéssemos entender o objetivo da equipe. Li várias críticas publicadas até agora sobre o programa e, infelizmente, concordo com muitas. Além de jornalista, sou uma entusiasta do trabalho de Caco Barcellos, referência indispensável no curso de Jornalismo em virtude de seus ótimos livros (Abusado e Rota 66) e do trabalho sempre pautado pela ética e apuração detalhada. Mas, desta vez, lamentavelmente seus jovens repórteres não conseguiram passar bem a mensagem a qual se propuseram. Deixo meu abraço e meu respeito a todos. Até a próxima!
O que vocês acharam do programa? Aguardo mensagens a respeito...
Segue abaixo o artigo da jornalista Adísia Sá (foto) que a professora Cintia citou em sua aula.
22 de Setembro de 2009 - 9h51
Adísia Sá - Quem tem medo do diploma?
A Câmara dos Deputados promoveu quinta-feira, 17 do corrente, uma audiência sobre a obrigatoriedade do diploma para o exercício profissional de jornalista. Como não acredito em coincidência, lá não compareceram representantes do Supremo Tribunal Federal, Associação Nacional de Jornais e Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão. Temiam o quê?As discussões seriam em dependência da Câmara, ante membros de comissões temáticas e delegados dos jornalistas. A fuga foi prova de que a cidadela sabia da fragilidade de suas munições.
Em artigo publicado neste mesmo espaço, apontei algumas das contradições do empresariado da Imprensa brasileira navegando contra a história, renegando o princípio básico do sistema econômico que o sustenta, abrindo as baterias contra o lucro & representado pela oferta da mão qualificada feita pelas escolas de jornalismo. Fechando as portas ao trabalhador especializado em tarefas cada vez mais segmentadas no processo produtivo jornalístico, o empresariado da comunicação dá as costas a outros industriais, cuidadosos na formação de seu pessoal: CNI, criada a 12 de agosto de 1938, administra o Senai, o Sesi, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) ...CNC , nascido a 10 de janeiro de 1946 instalou escolas de aprendizagem comercial, todos em função de suas atividades.
O empresariado da comunicação reconhecerá a importância, principalmente econômica, do graduado em Jornalismo. A necessidade é imperativa e, à semelhança de outros segmentos empresariais brasileiros, abrirá as redações ao trabalhador especializado, pronto para o consumo e, infelizmente, a baixo custo...
A exigência do diploma de jornalismo , queiram ou não os empresários, será votada e aprovada no Congresso Nacional, onde a expressiva maioria dos senadores e deputados proclamaram abertamente o seu aval ao Projeto de Emenda Constitucional. Veremos, sim, veremos ANJ e Abert & sob as vistas do STF- recebendo em suas redações os jornalistas graduados das escolas de Jornalismo...
Adísia Sá é Jornalista
Hoje discutimos em nossa aula a postura que jornalistas do maior jornal impresso do Brasil estão tendo que ter em relação ao Twitter. E, agora não está sendo apenas a Folha de São Paulo, mas outras mídias aqui da cidade mesmo já adotaram posicionamento semelhante. Vou deixar aqui, a matéria que está circulando no país há cerca de uma semana:
Até o fim do semestre, a cidade de Uberaba contará com uma nova e diferenciada ferramenta de comunicação. A professora Cintia Cerqueira, juntamente com seus alunos do 2º período de jornalismo, estão em fase de desenvolvimento do Guia de Fontes de professores (foto) da UNIUBE. Este trará informações gerais dos professores, que irão desde o seu nome até opções de consultorias e especialidades que pode oferecer. Até o momento, de 500 professores que a instituição possui, cerca de 170 já estão registrados. O ideal seria que todos fossem cadastrados. O guia será uma ótima ferramenta para a imprensa e para a cidade em geral. Mais uma realização dos alunos de comunicação social!
Nas duas últimas aulas, abordamos como tema principal os tipos de entrevistas e suas circunstâncias de realização. Os quatro tipos de entrevistas que vimos foram: ritual, temática, testemunhal, e em profundidade. As circunstâncias também são quatro: ocasional, confronto, coletiva (foto), e dialogal. De todos os quatro tipos de entrevistas, podemos observar que quase sempre há uma destas circunstâncias presentes. Em uma matéria, também pode haver mais de um tipo de entrevista e circunstância inserida. Todo este conteúdo da aula está no 'Disco Virtual' da página do aluno.
Hoje, analisamos também um texto exemplificando uma situação em que um repórter deixa levar a matéria para o lado pessoal. Mas, a pergunta que fica é: até onde um jornalista é imparcial? Para muitos, há diversos estilos de repórteres, e também uma linha editorial fundamental para o desenvolvimento das matérias. Na visão de alguns, uma notícia não necessita apenas de ser verdadeira. Ela deve ser interessante para o público. Esta visão é de um jornalista polonês que ilustra o que realmente é a realidade do jornalismo em muitas mídias. Jornais só vendem quando trazem em sua capa notícias de interesse da população. Muitas das vezes acidentes e tragédias tomam conta da primeira página. Assim também funciona com as outras mídias. O que também fica claro é que as diversas linhas editorias além de publicarem aquilo que seja interessante, têm a notícia na mão. Sendo assim, você pode moldá-la para que a se torne interessante. Daí a discussão, até onde vai a imparcialidade do jornalista?
Nesta aula de terça-feira, discutimos sobre o comportamento da repórter Sônia Bridi da TV Globo na entrevista com o cantor Belchior no último domingo. Como todos sabem, o cantor Belchior estava desaparecido de muitos há mais de ano. E, foi a equipe do programa 'Fantástico' que conseguiu encontrá-lo. Sônia em entrevista com o cantor fez de tudo para colocá-lo na 'parede'. Mas, como uma jornalista que estava ali, dando uma 'aula' de como conduzir uma matéria da maneira que mais a interessa, Belchior também deu outra 'aula', mas de esperteza. O cantor e compositor mostrou ser um tipo de entrevistado difícil, e preparado para uma entrevista. Situação que nos mostra os diferentes tipos de profissionais da área, e as diversas personalidades que vamos encontrar nos entrevistados.
Eu, Rodolfo Natálio, assumo a partir de agora o compromisso com o blog de TREP. Estarei postando aqui os assuntos abordados nas aulas da disciplina. Estes que irão além do que estará no nosso 'Disco Virtual' da página do aluno. Contamos com a participação de todos os colegas da turma e de outros períodos também. Somos uma pequena turma em número de alunos, mas grande na vontade e no gosto pelo jornalismo. Vamos comentar, sugerir, criticar, e nos manifestar em algo que venha para somar na disciplina.