Nas últimas aulas da disciplina vimos como a pesquisa é algo fundamental dentro do jornalismo. Uma boa produção requer muita investigação e interpretação. Só que para encontrarmos o ponto ideal delas, temos muitas dificuldades que vão desde a consulta de documentos até a interpretação de tabelas numéricas. Mas, com barreiras ou não, a pesquisa é a base do melhor jornalismo.
Uma boa pesquisa de um determinado tema pode render até mesmo um livro. Vemos esta situação ilustrada no romance-reportagem 'A Sangue Frio' do jornalista Truman Capote (foto). A obra conta a história da morte de toda a família Clutter, em Holcomb, Kansas, e dos autores da chacina. Capote decidiu escrever sobre o assunto ao ler no jornal a notícia do assassinato da família, em 1959. O autor ficou anos por conta da investigação de toda a história. Quase seis anos depois, em 1965, a história foi publicada em quatro partes na revista The New Yorker. Além de narrar o extermínio do fazendeiro Herbert Clutter, de sua esposa Bonnie e dos filhos Nancy e Kenyon - uma típica família americana dos anos 50, pacata e integrada à comunidade -, o livro reconstitui a trajetória dos assassinos.
Outro Caminho. Para Philip Meyer, o jornalista tem que ser alguém que cria, e não só transmite, um organizador, e não só um intérprete, algum que junte os fatos e os torne acessíveis. Enfim, o jornalista tem agora que ser um administrador de dados acumulados, processador e analista desses dados. Meyer propõe que um programa específico de formação de jornalistas componha-se de três níveis de habilidade: (a) como encontrar a informação; (b) como avaliá-la e analisá-la; e (c) como transmiti-la de modo a suplantar o burburinho da sobrecarga informacional e chegar ao público que dela necessita ou deseja.
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